Empreendedorismo – Conceitos e Fundamentos

Nesse post você vai encontrar conceitos e fundamentos que servem como uma base forte de ensino do empreendedorismo segundo a visão de estudiosos e especialistas.

O conteúdo que segue também é imprescindível para quem tem ou pretende montar um negócio próprio.

FUNDAMENTOS DO EMPREENDEDORISMO

Empreendedorismo

Empreendedorismo – Histórico

Segundo Ramos e Fonseca (1995), em meados do século VII, a civilização chinesa era líder em tecnologia. Nesta época a China promovia a reforma agrária e fiscal, e ainda fortalecia a sua economia fazendo comércio marítimo com os árabes.

Com expansão do comércio internacional, os monges beneditinos levaram e introduziram pequenas inovações mecânicas no processo produtivo no norte europeu. Em menos de 200 anos a liderança tecnológica passa do Oriente para o Ocidente.

Ainda segundo Ramos e Fonseca (1995), o empreendedorismo seguiu evoluindo com a invenção da máquina a vapor em 1712, com a revolução comercial em meados do século XVII, a revolução industrial na metade do século XVIII, o surto tecnológico em 1870 e a invenção do computador em 1946, onde se inicia um novo ciclo econômico no qual o princípio organizador é a informação.

Daí por diante os ciclos econômicos encurtam-se drasticamente. Os novos tempos se anunciavam, logo surgiu o primeiro computador pessoal, desenvolvido pela Apple em 1976, e ocorreu a queda do muro de Berlim por volta de 1990, gerando uma nova ordem na economia mundial (RAMOS; FONSECA, 1995).

Diante de tantas transformações no cenário mundial, os empreendedores necessitaram acompanhar a rapidez das mudanças, e se adaptarem as novas necessidades demandadas pelo mercado. Para isso, desenvolveram qualificações particulares as necessidades dos seus seguimentos.

Primeiramente é necessário avaliar a crença popular que o empreendedorismo surgiu só das ciências econômicas. A leitura atenta dos dois primeiros autores normalmente identificados como pioneiros no campo. Cantillon (1755) e Say (1803; 1815; 1816; 1839), revela que eles não estavam interessados somente na economia, mas também em empresas, criação de novos empreendimentos, desenvolvimento e gerenciamento de negócios. (FILION, 1999, p. 6).

O artigo trata das mais antigas abordagens sobre o empreendedorismo, onde o autor leva em consideração a avaliação das crenças populares, que afirmam que o tema nasceu das ciências econômicas, e destaca alguns autores economistas daquela época como precursores do assunto.

Já na visão histórica de Dornelas (2005), o primeiro exemplo de empreendedorismo foi praticado por Marco Polo, na tentativa de estabelecer uma rota comercial em direção ao oriente. Com êxito ele assinou um contrato com um homem capitalista (entendido como quem possuía dinheiro), e passou a vender suas mercadorias. Conforme suas orientações à palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e se refere a aquele que assume riscos e inicia um novo negócio.

Há alguns anos atrás, acreditava-se que o empreendedor nascia com um diferencial e era predestinado ao sucesso. Cada vez mais, se vê que o processo empreendedor pode ser ensinado e entendido por qualquer pessoa e o sucesso é decorrente de uma gama e fatores internos e externos ao negócio, do perfil da pessoa e como ela administra as adversidades do dia-a-dia do empreendimento. (DORNELAS, 2005).

Conceitos De Empreendedorismo

De acordo com Dolabela (1999), empreendedorismo é o termo utilizado para designar os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens seu sistema de atividades e seu universo de atuação.

E a palavra “empreendedor” é utilizada para designar as atividades de quem se dedica a geração de riquezas, na transformação de conhecimentos em produtos ou serviços na geração do próprio conhecimento ou na inovação em diversas áreas da organização.

Ainda conforme Dolabela (1999), a terminação empreendedorismo é a tradução da palavra entrepreneurship, que abrange os seguintes termos além da criação de empresas:

·       –  Geração do auto-emprego (trabalhador autônomo).

·        – Empreendedorismo comunitário (como comunidades que empreendem).

·       –  Intra-empreendedorismo (o empregado empreendedor).

·       –  Políticas públicas (políticas governamentais para o setor).

O empreendedorismo ainda não é considerado uma ciência, pois não há padrões que possam garantir que em certas situações haverá um empreendedor de sucesso.

Mas os pesquisadores acreditam que para alguém se tornar empreendedor é necessário que a metodologia de ensino seja diferenciada desde o primário até a faculdade. Sabe-se também que o empreendedorismo é um fenômeno cultural, fruto de hábitos, práticas e valores das pessoas. (DOLABELA, 1999).

Segundo Timmons (1994 apud FILION, 1998, p. 213), “o empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do que a revolução industrial foi para o século XX”.

O autor aplica uma visão volta para o desenvolvimento e o crescimento econômico. Apesar de ainda tímida a referida “revolução silenciosa” do empreendedorismo traz grandes expectativas de incremento sócio – econômico para um futuro próximo.

Para isso, é necessário encarar o desafio de semear na sociedade uma cultura empreendedora. Tirar da cabeça das pessoas mitos como a impressão de que se um jovem sai da faculdade e decide abrir um negócio ao invés de galgar um emprego em uma grande empresa, ele é considerando um derrotado. Cada um tem o seu valor na sociedade.

Na visão de Drucker (2003), o empreendimento baseia-se nos mesmos princípios, tanto se “Identificando possibilidades” empreendedor é uma grande instituição existente ou se é um indivíduo que está começando seu novo negócio sozinho. Para ele o termo empreendedorismo é como empreendimento ou empreendedor. Nos Estados Unidos o empreendedor é definido como aquele que começa o seu próprio, novo e pequeno negócio.

Mas na verdade, nem todos os pequenos negócios novos são empreendedores ou representam um empreendimento. Para o autor, um empreendimento tem que necessariamente ser novidade e criar uma nova satisfação para o consumidor. Para ele um exemplo de empreendimento é o McDonald’s. Em ambos os casos deve ser aplicada a disciplina chamada Administração Empreendedora, ou seja, ter criatividade e inovação. (DRUCKER, 2003).

Para Dornelas (2005), empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos, que em conjunto, levam a transformação de idéias em oportunidades. A boa aplicação dessas oportunidades leva a criação de negócios de sucesso.

Segundo Santos (2007), a palavra empreendedorismo representa todo um movimento em conjunto de idéias designadas aos atos do empreendedor. Como por exemplo, a capacidade que o leva a buscar soluções para as dificuldades, ou o processo de criar e levar ao sucesso o seu empreendimento. A palavra de ordem do empreendedor é planejamento, ele planeja para assumir riscos de forma calculada.

O Ensino do Empreendedorismo

Porque falarmos do Ensino do Empreendedorismo nas escolas desde o ensino fundamental?

Na nossa opinião o conhecimento que o empreendedorismo proporciona é capaz de formar cidadãos adultos mais completos e capazes de encarar com mais facilidade as adversidades da vida.

Dolabela (1999) complementa nosso pensamento e apresenta dez motivos importantes que justificam o ensino do empreendedorismo, no sentido de formar uma cultura empreendedora forte no Brasil:

1.  Alta taxa de mortalidade prematura das empresas. A cada três empresas criadas duas fecham as portas. E 99% das falências são de pequenas empresas, tornando-se um problema de crescimento econômico.

2.  Com a mudança nas relações de trabalho o emprego esta dando lugar a formas de participações. As empresas cada vez mais precisam de profissionais que tenham uma visão global do processo, identificando e satisfazendo as necessidades do cliente. A velha tradição de nosso ensino de formar empregados a nível universitário e profissionalizante, não se encaixa mais com o modelo da organização na economia mundial.

3.  Exige-se hoje, mesmo para aqueles que vão ser empregados um alto grau de empreendedorismo. As empresas precisam de colaboradores que além de dominar a tecnologia, conheçam também o negócio, escutem e atendam as necessidades do cliente, que identifiquem oportunidades e, busquem gerenciar os recursos para viabilizá-los.

4.  A metodologia atual do ensino não é adequada para formar empreendedores.

5.  As instituições de ensino são distantes das entidades as quais os empreendedores dependem para sobreviver, (os empreendimentos) isso já está mudando aos poucos.

6.  Cultura. Não há sinalização para o empreendedorismo. (isso já está mudando aos poucos)

7.  A importância dada às pequenas e médias empresas é pouca tendo em vista o grande significado que elas têm para o desenvolvimento econômico.

8.  Não há hábito em falar da pequena empresa, apenas da grande. Os Cursos de Administração são voltados somente para o gerenciamento das grandes empresas. (isso já está mudando aos poucos)

9.  Ética. Uma grande preocupação do empreendedorismo deve ser os aspectos éticos que envolvem essa atividade. Por sua grande influência na sociedade e na economia, é fundamental que os empreendedores sejam guiados por princípios e valores nobres.

10. Cidadania. O empreendedor deve ser alguém com alto comprometimento com o meio ambiente e com a comunidade, com forte consciência social.

Características do Ensino Empreendedor

A principal característica no ensino do empreendedorismo é o grande volume de perguntas, e isso é muito importante, pois em sala de aula, não é o professor que chega com um estoque de conhecimento e transmite, quem gera o conhecimento são os próprios alunos com a ideia dos seus negócios ainda não existentes. (DOLABELA, 1999).

“O ensino do empreendedorismo prioriza o ser em relação ao saber como um fim a si mesmo”. (DOLADELA, 1999).

Em outras palavras a matéria propõe formar uma pessoa capaz de aprender a aprender e encontrar definição a partir do indefinido. Gerando assim empreendedores de sucesso.

Ainda conforme Dolabela (1999), a metodologia de ensino do empreendedorismo reproduz em sala de aula um ambiente real de empresa, proporcionando oportunidades de resolução de problemas, trabalhando sob pressão, criando, interagindo e ou copiando outros empreendedores e aprendendo com os erros. Assim o estudante pode buscar sozinho o conhecimento que necessita, formulando perguntas que não apontam para uma só verdade, proporcionando diferentes caminhos e alternativas.

Escolas que valorizam o ensino do empreendedorismo oferece muita riqueza a sociedade pois prioriza a formação de empreendedores que desenvolvem o meios onde vivem. Inovam e Criam novos produtos e serviços que o população precisa.

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